O paradoxo da análise e a antinomia da relaçáo de nomeaçáo sáo dois argumentos que servem para explicitar um aspecto paradoxal das interpretações filosóficas da identidade. Meu objetivo nesse artigo será o de investigar esses paradoxos e seus papeis como limitadores de uma teoria semântica. Usarei como guia dessa investigaçáo a hipótese de que as dificuldades nas quais todas as teorias semânticas investigadas incorrem náo se devem a tese da relaçáo de nomeaçáo, como diria Carnap, mas ao caráte…
Read more O paradoxo da análise e a antinomia da relaçáo de nomeaçáo sáo dois argumentos que servem para explicitar um aspecto paradoxal das interpretações filosóficas da identidade. Meu objetivo nesse artigo será o de investigar esses paradoxos e seus papeis como limitadores de uma teoria semântica. Usarei como guia dessa investigaçáo a hipótese de que as dificuldades nas quais todas as teorias semânticas investigadas incorrem náo se devem a tese da relaçáo de nomeaçáo, como diria Carnap, mas ao caráter composicional dessas teorias. Essa investigaçáo se dará em duas etapas. A primeira será uma investigaçáo a cerca das soluções que foram historicamente apresentadas para evitar esses paradoxos. Procuraremos mostrar que cada uma dessas soluções envolve de alguma maneira o problema de lidar com esse aspecto composicional. Em especial, daremos ênfase a uma tentativa fracassada de soluçáo defendida por Quine, Carnap e mesmo Wittgenstein e Russell, num certo período, que ficou conhecida como a tese da extensionalidade. A segunda etapa consistirá em uma avaliaçáo crítica sobre em que medida a verdadeira causadora dos paradoxos náo seria uma preferência filosófica equivocada por uma abordagem composicional da linguagem. Palavras-chave : Antinomia da relaçáo de nomeaçáo, Frege, Identidade, Paradoxo da análise, Tese da extensionalidade