Felipe Nogueira de Carvalho

Federal University of Lavras
  •  59
    Abordagens pós-cognitivistas mais recentes têm lançado duras críticas à noção de representação mental, procurando ao invés disso pensar a mente e a cognição em termos de ações corporificadas do organismo em seu meio. Embora concordemos com essa concepção, não está claro que ela implique necessariamente a rejeição de qualquer tipo de vocabulário representacional. O objetivo deste artigo é argumentar que representações podem nos comprar uma dimensão explicativa adicional não disponível por outros …Read more
  •  86
    Na década de 1980, um programa de pesquisa se popularizou no campo da filosofia e psicologia das emoções. Esse programa, denominado construcionismo social, afirmava que emoções eram produtos de fatores sociais e não poderiam ser compreendidas em um vocabulário adaptacionista. No entanto, ao longo do tempo essas teorias perderam grande parte de sua força e popularidade, e praticamente desapareceram da filosofia das emoções contemporânea. O objetivo do presente artigo será diagnosticar esse predic…Read more
  •  353
    Esse volume consiste em traduções de verbetes da Enciclopédia Stanford de Filosofia que dizem respeito à Filosofia das Emoções. Trata-se de um volume de orientação história, que visa desfazer o mito de que emoções foram objetos menores de análise filosófica antes da contemporaneidade, resgatando assim a grande riqueza de teorias e reflexões sobre emoções e afetos na filosofia antiga, medieval, renascentista, moderna e indiana.
  •  434
    Biases in Niche Construction
    Philosophical Psychology 1-31. 2023.
    Niche construction theory highlights the active role of organisms in modifying their environment. A subset of these modifications is the developmental niche, which concerns ecological, epistemic, social and symbolic legacies inherited by organisms as resources that scaffold their developmental processes. Since in this theory development is a situated process that takes place in a culturally structured environment, we may reasonably ask if implicit cultural biases may, in some cases, be responsib…Read more
  •  6
    Tattoos are Forever
    In Fritz Allhoff & Robert Arp (eds.), Tattoos – Philosophy for Everyone, Wiley‐blackwell. 2012-04-06.
  •  152
    Narratologia cognitiva: dinâmicas afetivas e estruturação do enredo ficcional à luz de teorias da afetividade situada
    with Pedro Ramos Dolabela Chagas and Ayla Mello Batistela
    Eutomia 1 (32): 19-37. 2022.
    O propósito deste artigo é aprofundar o debate da narratalogia cognitiva sobre o papel das emoções e afetos na escrita e leitura do texto ficcional. Para tanto, buscamos fundamentos teóricos em teorias recentes da afetividade situada, em particular nos conceitos de andaimes, arranjos e milieus afetivos, a fim de observar como textos codificam afetos para suscitar estados afetivos e emocionais nos leitores. O mérito da interlocução virá da capacidade de fertilizar a compreensão do papel das emoçõ…Read more
  •  157
    Neste artigo propomos uma reconceitualização do amor como um modo de engajamento intersubjetivo normativamente guiado pela busca constante do equilíbrio entre a sub- e a sobredeterminação de seu objeto, que se efetiva em relações deconfiança marcadas pelo cuidado com o(a) outro(a). Esta reconceitualização permite que o amor participe da epistemologia como uma virtude intelectual responsabilista, que nos torna membros mais confiáveis de nossas comunidades epistêmicas e nos aproxima de descrições …Read more
  •  160
    In The Deep History of Ourselves, Joseph LeDoux distinguishes between behavioral and physiological responses caused by the activation of defense circuits, and the emotion of fear. Although the former is found in nearly all bilateral animals, the latter is supposedly a unique human adaptation that requires language, reflective self-awareness, among other cognitive capacities. In this picture, fear is an autonoetic conscious experience that happens when defense circuit activation is integrated int…Read more
  •  33
    In our everyday interactions we easily and effortlessly perceive emotions in others’ facial expressions and bodily behavior. How do we do that? Philosophers and psychologists have long argued about the fundamentals of emotion perception and the debate is far from settled. While some insist on the sufficiency of the morphological information contained in facial expressions, others construe the objects of emotion perception as more complex, comprising multimodal information such as touch, tone of …Read more
  •  413
    Fearful Object Seeing
    Review of Philosophy and Psychology 13 (3): 627-644. 2021.
    What is it like to perceive a feared object? According to a popular neo-Gibsonian theory in psychology, fear biases our perceptions of objects so as to encourage particular kinds of actions: when we are afraid, spiders may be perceived as physically closer than they are in order to promote fleeing. Firestone mounted severe criticisms against this view, arguing that these cases are better explained by non-perceptual biases that operate on accurate perceptions of the external environment. In this …Read more
  •  572
    Este artigo tem como objetivo apresentar as principais abordagens em que a psicologia social clássica norte-americana teorizou sobre o preconceito racial, o racismo e o antirracismo e, a partir delas, trazer os estudos críticos da branquitude como possibilidades para superar os limites identificados nessa corrente, que ora apresenta um indivíduo fora da estrutura, ora a estrutura sem indivíduos. Para isto, neste artigo definimos três abordagens propostas pela psicologia social norte-americana: t…Read more
  •  318
    What we do and presuppose when we demonstrate
    with Eduarda Calado Barbosa
    Veritas – Revista de Filosofia da Pucrs 65 (3). 2021.
    In this paper, we defend that demonstratives are expressions of joint attention. Though this idea is not exactly new in the philosophical or linguistic literature, we argue here that their proponents have not yet shown how to incorporate these observations into more traditional theories of demonstratives. Our purpose is then to attempt to fill this gap. We argue that coordinated attentional activities are better integrated into a full account of demonstratives as meta-pragmatic information. Our …Read more
  •  306
    O papel do contexto na percepção de emoções
    Perspectiva Filosófica 46 (2): 116-142. 2019.
    De todos os aspectos do comportamento não-verbal, a face é sem dúvida uma das mais ricas e importantes fontes de informação sobre o estado inter- no do outro. Mas expressões faciais são raramente percebidas de forma isolada. Ao contrário, são tipicamente inseridas em contextos sociais ricos e dinâmicos, que incluem gestos e posturas corporais, conhecimento situacional, etc. Com base nessas observações, podemos nos perguntar se o contexto no qual uma expressão é percebida pode influenciar a perce…Read more
  •  321
    A doutrina do renascimento transmite a ideia de uma perspectiva temporal mais extensa, que abarca múltiplas vidas. Mas a medida em que o buddhismo chega à modernidade, outras interpretações começam a aparecer. Um exemplo é a interpretação psicológica de Ajahn Buddhadāsa, segundo a qual o termo “renascimento" se refere ao surgimento sucessivo da ideia do “eu" a cada instante de consciência. Esta interpretação diminui consideravelmente a extensão da perspectiva temporal ligada ao renascimento. Con…Read more
  •  245
    O objetivo deste artigo é sugerir que os ensinamentos Buddhistas sobreanattā(não-eu) não devem ser entendidos como uma negação categórica do eu, mas fazem parte de uma estratégia soteriológica comumente empregada pelo Buddha, de utilizar algo como ferramenta para o seu próprio fim. Tomando o kamma(ação) como o elemento central que estrutura todos os ensinamentos, podemos pensar na identificação do eu como um tipo de ação. Algumas instâncias desta ação serão hábeis e condutoras à libertação, e ou…Read more
  •  292
    Perception, Attention and Demonstrative Thought: In Defense of a Hybrid Metasemantic Mechanism
    Manuscrito: Revista Internacional de Filosofía 43 (2): 16-53. 2020.
    Demonstrative thoughts are distinguished by the fact that their contents are determined relationally, via perception, rather than descriptively. Therefore, a fundamental task of a theory of demonstrative thought is to elucidate how facts about visual perception can explain how these thoughts come to have the contents that they do. The purpose of this paper is to investigate how cognitive psychology may help us solve this metasemantic question, through empirical models of visual processing. Altho…Read more
  •  276
    A Role for the prefrontal cortex in supporting singular demonstrative reference
    Journal of Consciousness Studies 26 (11-12): 133-156. 2019.
    One of the most pressing questions concerning singular demonstrative mental contents is what makes their content singular: that is to say, what makes it the case that individual objects are the representata of these mental states. Many philosophers have required sophisticated intellectual capacities for singular content to be possible, such as the possession of an elaborate scheme of space and time. A more recent reaction to this strategy proposes to account for singular content solely on the ba…Read more
  • In order to demonstratively refer to an object, we must perceive it. That much is clear on the philosophy of perception and language; but how does perception explain the intentionality of thought? Philosophical tradition has internalized and over- intellectualized the relations we have with the material objects we perceive and think about, making the task of naturalizing the semantic relation of reference much more difficult than it already is. Drawing on current research in contemporary vision …Read more
  •  263
    How can we explain our capacity to think about particulars in our external environment? Many philosophers have answered this question in terms of a sophisticated conception of space and time and the movement of objects therein. A more recent reaction against this view sought to explain this capacity solely in terms of perceptual mechanisms of object individuation. Neither explanation remains fully satisfactory. This book argues for a more desirable middle ground in terms of a pragmatist approach…Read more
  •  279
    Olfactory Objects
    Disputatio 6 (38): 45-66. 2014.
    The philosophy of perception has been mostly focused on vision, to the detriment of other modalities like audition or olfaction. In this paper I focus on olfaction and olfactory experience, and raise the following questions: is olfaction a perceptual-representational modality? If so, what does it represent? My goal in the paper is, firstly, to provide an affirmative answer to the first question, and secondly, to argue that olfaction represents odors in the form of olfactory objects, to which olf…Read more