A disciplina Filosofia no ensino secundário/médio brasileiro apresenta um movimento de intermitência caracterizado ora pela presença garantida, ora pela presença indefinida e ora pela ausência garantida, tal como define Dalton José Alves. Analisar esse fenômeno pela perspectiva da história das disciplinas escolare,s sob a compreensão de Chervel e Goodson, foi o objetivo deste trabalho. Para a investigação utilizou-se como fontes as leis de reformas do ensino secundário brasileiro, os programas d…
Read moreA disciplina Filosofia no ensino secundário/médio brasileiro apresenta um movimento de intermitência caracterizado ora pela presença garantida, ora pela presença indefinida e ora pela ausência garantida, tal como define Dalton José Alves. Analisar esse fenômeno pela perspectiva da história das disciplinas escolare,s sob a compreensão de Chervel e Goodson, foi o objetivo deste trabalho. Para a investigação utilizou-se como fontes as leis de reformas do ensino secundário brasileiro, os programas da disciplina e a distribuição da carga horária destinada ao seu ensino determinadas pelas reformas. Concluiu-se que essa intermitência foi favorecida pelas políticas governamentais liberais de cunho desenvolvimentista, pela ausência de um corpus academicus que sustentasse a Filosofia enquanto disciplina na Educação Básica brasileira e pela aparente inadequação do saber filosófico à proposta da escola moderna