Ricardo Silvestre

Is it possible to combine different logics into a coherent system with the goal of applying it to specific problems so that it sheds some light on foundational aspects of those logics? These are two of the most basic issues of combining logics. Paranormal modal logic is a combination of paraconsistent logic and modal logic. In this paper, I propose two further combinatory developments, focusing on each one of these two issues. On the foundational side, I combine paranormal modal logic with normal modal logic, resulting into a paraconsistent and paracomplete multimodal logic dealing with the notions of plausibility and certainty. On the application side, I combine this logic with Reiter’s default logic, resulting into an inductive and consequently nonmonotonic paraconsistent and paracomplete logic able to represent some key inductive principles.

The purpose of this paper is twofold. First we want to extent a specific paranormal modal logic in such a way as obtain a paraconsistent and paracomplete multimodal logic able to formalize the notions of plausibility and certainty. With this logic at hand, and this is our second purpose, we shall use a modified version of Reiter‘s default logic to build a sort of inductive logic of plausibility and certainty able to represent some basic principles of epistemic inductive reasoning, such as a negative autoepistemic principle, an `error-prone feature of induction' principle and a confirmation by enumeration principle

This special issue of Logica Universalis (Springer) deals with the relations between logic and religion, broadly conceived. It contains the following articles: Logic and Religion, by Jean-Yves Beziau and Ricardo Silvestre; Thinking Negation in Early Hinduism and Classical Indian Philosophy, by Purushottama Bilimoria; Karma Theory, Determinism, Fatalism and Freedom of Will, by Ricardo Sousa Silvestre; From Logic in Islam to Islamic Logic, by Musa Akrami; Leibniz’s Ontological Proof of the Existence of God and the Problem of Impossible Objects, by Wolfgang Lenzen; A Logical Analysis of the Anselm’s Unum Argumentum (from Proslogion), by Jean-Pierre Desclés; Monotonic and Non-monotonic Embeddings of Anselm’s Proof, by Jacob Archambault; Computer-Assisted Analysis of the Anderson–Hájek Ontological Controversy, by C. Benzmüller, L. Weber and B. Woltzenlogel Paleo.

This special issue of the Journal of Applied Logics deals with the logical aspects of the concept of God. It contains the following articles: Logic and the Concept of God, by Stanisław Krajewski and Ricardo Silvestre; Mathematical Models in Theology. A Buber-inspired Model of God and its Application to “Shema Israel”, by Stanisław Krajewski; Gödel’s God-like Essence, by Talia Leven; A Logical Solution to the Paradox of the Stone, by Héctor Hernández Ortiz and Victor Cantero; No New Solutions to the Logical Problem of the Trinity, by Beau Branson; What Means ‘Tri-’ in ‘Trinity’ ? An Eastern Patristic Approach to the ‘Quasi-Ordinals’, by Basil Lourié; The Éminence Grise of Christology: Porphyry’s Logical Teaching as a Cornerstone of Argumentation in Christological Debates of the Fifth and Sixth Centruies, by Anna Zhyrkova; The Problem of Universals in Late Patristic Theology, by Dirk Krasmüller; Intuitionist Reasoning in the Tri-unitrian Theology of Nicolas of Cues, by Antonino Drago.

Meu propósito aqui é jogar alguma luz sobre duas perguntas: “Em que sentido a lógica éfilosófica?” e “O que é lógica filosófica?”. Tomo essas duas questões como sendo coextensivas: umaresposta à uma delas é também (ou pode ser facilmente transformada em) uma resposta à outra.Tentarei trabalhar a partir de três perspectivas: uma perspectiva conceitual, uma descritiva e umaprescritiva. Sendo mais específico, tentarei responder às seguintes perguntas: (i) Em que sentido alógica pode ser tomada como filosófica? (ii) Em que sentido a lógica tem sido tomada como filosófica?(iii) Em que sentido a lógica deve ser tomada como filosófica? Para tanto, analisarei trechos pontuais decinco obras nos quais determinada significação é atribuída a expressão “lógica filosófica”. Asignificações elencadas são então objetos de análise crítica: tento avaliar quais dessas alternativas nãose sustentam como respostas satisfatórias à (iii). O resultado dessa análise é então utilizado como pontode partida para minha própria resposta à questão (iii).

  This paper is an effort to realize and explore the connections that exist between nonmonotonic logic and confirmation theory. We pick up one of the most wide-spread nonmonotonic formalisms – default logic – and analyze to what extent and under what adjustments it could work as a logic of induction in the philosophical sense. By making use of this analysis, we extend default logic so as to make it able to minimally perform the task of a logic of induction, having as a result a system which we believe has interesting properties from the standpoint of theory of confirmation. It is for instance able to represent chains of inductive rules as well as to reason paraconsistently on the conclusions obtained from them. We then use this logic to represent some traditional ideas concerning confirmation theory, in particular the ones proposed by Carl Hempel in his classical paper "Studies in the Logic of Confirmation" of 1945 and the ones incorporated in the so-called abductive and hy-pothetico-deductive models

O propósito deste livro é preencher a lacuna existente no mercado editorial brasileiro no que diz respeito a obras de cunho acadêmico sobre hinduísmo e filosofia indiana. Essa lacuna se reflete, dentre outras, na inexistência de publicações em português que pretendam ir além do mero aspecto introdutório deste que é um dos maiores clássicos da literatura religiosa indiana e mundial: a Bhagavad-gita; também se reflete na inexistência de literatura especializada sobre as várias tradições indianas que têm a Bhagavad- gita como um de seus textos canônicos. Reunindo professores e pesquisadores do Brasil, Israel, Estados Unidos e Reino Unido, este volume apresenta uma visão acadêmica e acessível da Bhagavad-gita centrada em dois aspectos principais: introdução e contextualização da Gita no que se refere à sua história, estrutura e conceitos-chave, de um lado, e análise detalhada de algumas das noções e temas mais relevantes do texto, de outro. Também proporciona visão geral de uma das tradições da Índia - tanto vedanta como vaishava - que mais sofreram influência da teologia e filosofia da Bhagavad-gita: o vaishnavismo gaudiya de Caitanya (1486-1533). O livro encontra-se estruturado em três grupos, ou partes. A primeira, intitulada "Visão Geral da Bhagavad-gita", é composta de dois capítulos e tem como objetivo introduzir o leitor ao Gita como um todo. A segunda, intitulada "Conceitos e Tópicos-Chave da Bhagavad-gita", contém cinco capítulos, cada um centrado na análise de um conceito ou tópico específico da Gita. A terceira e última parte, intitulada "Hinduísmo e Vaishnavismo", é composta por três capítulos e visa apresentar o vaishnavismo, mais especificamente o vaishnavismo gaudiya, situando-o dentro do contexto mais geral do que hoje se denomina hinduísmo.

O objetivo geral deste artigo é o de fazer algumas considerações teoréticas sobre o aspecto inferencial da Lógica dos Diálogos Inteligentes dentro do quadro conceitual fornecido pelas lógicas do senso comum desenvolvidas dentro da Inteligência Artificial. Mais especificamente, tentarei mostrar aqui que, para bem cumprir o seu papel, a LDI deve possuir uma maneira de representar as inferências não-monotônicas. Como argumento principal, defenderei a tese de que a não-monotonicidade é uma característica intrínseca à compreensão e uso da linguagem. O principal fenômeno relacionado com a linguagem natural utilizado como evidência para essa tese será o fenômeno do uso não literal da linguagem.

An investigation of what might be called the logical formalization of the process of theory change due to anomalies is presented. By anomaly, we mean an observed fact falling into the explanatory scope of a theory that does not agree with the theory prevision. A classical approach to restore the explicative power of a theory faced with an anomaly is to propose new, tentative auxiliary hypotheses which, along with part of the old set of auxiliary hypotheses, are able to solve the anomaly. After laying down some conclusions about the structure of such process, we propose a multi-modal and non-monotonic logical framework able to represent some key aspects of this important facet of the dynamics of scientific theories. Due to the necessity of accommodating incompatible tentative hypotheses, this framework incorporates a weak form of paraconsistency. As a case study, we analyze the anomalous behaviour of the planet Uranus that threatened the Newtonian celestial mechanics for more than half a century and gave rise to the discovery of Neptune

O objetivo desse artigo é realizar o que podemos chamar de uma análise conceitual da noção de indução, tomando como ponto de partida o problema das ambigüidades indutivas. Tentaremos mostrar que existe não apenas uma, mas duas maneiras igualmente autênticas de lidar com o problema das ambigüidades indutivas, e que quando certos aspec-tos lógicos dos dois conceitos de plausibilidade oriundos dessas duas abor-dagens da indução são considerados, muito da controvérsia a respeito das ambigüidades indutivas é dissolvido. Dentre tais aspectos está uma su-posta relação entre essas duas noções indutivas de plausibilidade e os conceitos de paraconsistência e paracompletude. Nossa análise é materializada, por assim dizer, em uma lógica modal paraconsistente e paracompleta capaz de dar conta dos aspectos mais básicos dessas duas abordagens da indução bem como dos dois conceitos de plausibilidade delas oriundos. Na exemplificação do tipo de controvérsia o qual estamos nos referindo, bem como a solução que estamos propondo, nos detalharemos sobre uma das mais ilustres instâncias do problema das inconsistências induti-vas: o paradoxo da loteria.The purpose of this paper is to undertake a conceptual analysis of the notion of induction, taking as starting-point the problem of induc-tive ambiguities. We shall try to show that there is not only one, but two equally authentic ways of dealing with the problem of inductive ambigui-ties, and that when certain logical aspects of the two plausibility concepts that arise from these two approaches to induction are considered, much of the controversy about the inductive ambiguities disappears. Among such aspects is a relation that supposedly exists between these two no-tions of inductive plausibility and the concepts of paraconsistency and paracompleteness. Our analysis is materialized, so to speak, in a paracon-sistent and paracomplete modal logic able to deal with the most basic as-pects of these two approaches to induction. In exemplifying the kind of controversy we are talking about, as well as the solution we are propos-ing, we shall focus on one of the noblest instances of the problem of in-ductive inconsistencies: the lottery paradox

In this article, I address some higher-order issues involving the concept of God that arise within a pluralistic context: the problem of conceptual unity, the problem of unicity of extension and the problem of homogeneity/heterogeneity. My proposal to solve these questions involves a special hybrid theory of concepts, called the theory of ideal concepts. I argue that when associated with a pluralistic vision of concepts, and formalized within a possible world structure, such theory provides a satisfactory answer to these problems. The formalization is based on a specific version of the Simplest Quantified Modal Logic (SQML), and its presentation is exclusively semantic, keeping technical details to a minimum.

My purpose in this paper is to shed some light on two questions: In what sense is logic philosophical? And what is philosophical logic? I take these two questions as co-extensive: an answer to one of them is also (or can easily be converted into) an answer to the other. I approach the problem from three perspectives: a conceptual, a descriptive and a prescriptive perspective. In other words, I try to answer the following questions: (i) In what sense can logic be taken as philosophical? (ii) In what sense has logic been taken as philosophical? (iii) In what sense should logic be taken as philosophical? To this end, I analyze excerpts from five works in which meanings are attributed to the expression “philosophical logic”. The meanings are then object of critical analysis: I try to assess which of these semantical alternatives do not hold up as satisfactory answers to (iii). The result of this analysis is then used as a starting point for my own answer to question (iii).

Induction, conceived as the class of rational non-truth preserving inferences, has been a perennial problem in philosophy. Aside from the problem of justification of induction, a less debated issue is the problem of properly describing inductive inferences. The purpose of this book is to conceptually investigate this descriptive problem of induction from the standpoint of the nonmonotonic logical tradition raised inside the field of Artificial Intelligence in the last thirty years. As we try to show, an essential part of this enterprise involves the analysis of a pragmatically oriented notion of probability, called by us inductive plausibility. This in turn is made from the viewpoint of paraconsistency ? which according to some is the unavoidable companion of nonmonotonicity ? and modal logic. We therefore put forward a nonmonotonic, paraconsistent and modal approach to induction and plausibility. The book shall be useful to philosophers, logicians and computer scientists interested in the problem of induction in general and in the logical analysis of induction and plausibility in particular.

Sáo dois os propósitos deste artigo. Primeiro desejamos examinar porque o projeto de Carnap de construir uma lógica indutiva náo foi bem sucedido. De forma a realizar isso, nos apoiaremos na distinçáo entre o problema da justificaçáo da induçáo e o problema da descriçáo da induçáo. Tentaremos mostrar que a principal razáo pela qual o projeto de Carnap falhou foi sua relaçáo com o problema da justificaçáo da induçáo. Nosso segundo objetivo é propor algumas idéias de como seria um lógica da induçáo que propositadamente evite o problema da justificaçáo e possa consequentemente ser chamada de uma lógica puramente descritiva da induçáo. Utilizaremos para isso um conceito de probabilidade presente no Logical Foudations of Probability de Carnap chamada por ele de probabilidade pragmática