Gustavo Pereira

Resumen El concepto de ideología ha cumplido una importante función para explicar y criticar la reproducción y justificación de circunstancias de opresión y dominación. Sin embargo, la formulación en términos de falsa conciencia carga con la dificultad de asumir una asimetría entre quien atribuye ideología y la supuesta víctima de ella, que hace a tal perspectiva prácticamente indefendible. Para esta dificultad, propongo una formulación del concepto en términos posmetafísicos, que al estar anclada en la intersubjetividad y la procedimentalidad, cancela la posibilidad de asumir un acceso privilegiado en el proceso de atribución de ideología. Tal formulación es en términos de justificación engañosa que genera el bloqueo a la justificación, es decir, el cierre del sujeto a las razones de los otros y a un reforzamiento de las adoptadas. Esto también abre el camino para que la crítica de la ideología opere en los procesos de justificación, especialmente en los espacios donde se lleva adelante la discusión pública.The concept of ideology has played an important role in explaining and criticizing the reproduction and justification of circumstances of oppression and domination. However, its formulation in terms of false consciousness has the burden of assuming an asymmetry between the one who attributes ideology and the supposed victim, which is an almost indefensible perspective. As a way to overcome this difficulty, I propose a formulation of the concept in postmetaphysical terms, which, in being anchored in intersubjectivity and proceduralism, cancels the possibility of assuming a privileged access in the ideology attribution process. Such formulation consists of a deceptive justification that generates the blockage to justification, that is, the closure of the subject to the reasons of the others and hence to a reinforcement of one’s already adopted beliefs. This formulation also opens the way for situating the critique of ideology in the processes of justification, especially in the spaces where public discussion takes place.

Hans-Georg Gadamer é bem conhecido por sua abordagem compreensivista quanto aos problemas tradicionais da metafísica e filosofia em geral. Seu posicionamento teórico e crítico aproximam sua obra da tradição compreensivista iniciada em fins do século XIX e levada adiante a partir do início do século XX. Nesse trabalho, proponho uma breve discussão acerca de uma de suas comunicações nos anos 1960 em que o autor procura refletir e elucidar a situação da filosofia naquele contexto específico. Fim da Segunda Guerra Mundial, industrialização endêmica e o progresso vertiginoso da técnica e da ciência podem ser apontados como fatores decisivos para a compreensão das características políticas, sociais e econômicas daquela época em particular. Intitulando sua comunicação “A posição da filosofia na sociedade”, Gadamer defende uma postura radicalmente diferente daqueles que se aproximam de visões de mundo totalizantes que poderiam ser justificadas a partir do ponto de vista da tradição hegeliana e, por outro lado, da postura subserviente, acrítica e iludida do que o autor chama de “philosophy of science”, herança da tradição positivista. Mesmo apresentados tendo-se em mente os problemas específicos daquele contexto, os argumentos de Gadamer podem ser utilizados como uma ferramenta razoável para a compreensão de nossos próprios problemas, especialmente quando a tarefa é discutir e compreender criticamente a posição da Filosofia em nossa cultura. Procuro refletir sobre essa comunicação de Gadamer ajustando o foco para a relevância dele para a compreensão da situação da Filosofia no contexto cultural e acadêmico brasileiro.

Social pathologies are social processes that hinder how individuals exercise their autonomy and freedom. In this book, Gustavo Pereira offers an account of such phenomena by defining them as a cognitive failure that affects the practical imagination, thus negatively interfering with our practical life. This failure of the imagination is the consequence of the imposition of a type of practical rationality on a practical context alien to it, caused by a non‐conscious transformation of the individuals’ set of beliefs and values. The research undertaken provides an innovative explanation in terms of microfoundations based on the mechanism of “availability heuristic”, by which the diminished exercise of the imagination turns the intuitively available or prevailing rationality into the one that regulates behaviour in inappropriate contexts. Additionally, this incorrect regulation results in a progressive distortion of the shared sense of the affected practical contexts, which becomes institutionalized. Consumerism, bureaucratism, moralism, juridification, some forms of corruption and the particular Latin American case of “malinchism” can be interpreted as social pathologies insofar as they imply such distortion. This way of conceptualizing social pathologies integrates the traditional sociological macro‐explanation manifested through the negative consequences of the processes of social rationalization with a micro‐explanation articulated around the findings of cognitive psychology such as availability heuristic. Understanding social pathologies as a cognitive failure allows us to identify the introduction of normative friction as the main way to counteract their effects. One of the potential effects of normative friction, as a specific form of cognitive dissonance, is the intense exercise of the imagination, thus operating as a condition of possibility for the exercise of autonomy and reflection. Democratic ethical life, understood as a shared democratic culture, as well as social institutions and narratives, are the privileged social spaces and means to trigger reflective processes that can counteract social pathologies through a reflective reappropriation of the meaning of the shared practical context. An extraordinary contribution by a Critical Theorist to the return of the concept of imagination today. It takes up the challenge once taken by Kant to think about imagination as the pivotal activity not only of knowledge and experience, but above all, for action. The author claims that imagination makes criticism possible and it allows us to envision alternative views into the path for social transformation. Without imagination nothing is possible. María Pía Lara, Universidad Autónoma Metropolitana-Iztapalapa, Mexico.

A partir de las críticas que Sen ha realizado a las teorías de la justicia, es posible proyectar tres facetas del alcance de tales teorías. La primera faceta consiste en conjugar un momento idealizado con uno de aplicabilidad, ya que contar con criterios normativos idealizados posibilita orientar la aplicabilidad del modelo. La segunda la constituyen las exigencias de la aplicabilidad, y en esta faceta la base de información de las capacidades que aporta Sen permite hacer una expansión de la justicia rawlsiana. La tercera muestra la necesidad de articular dos bases de información con sus respectivas lógicas distributivas y compensatorias. Estas tres facetas del alcance de una teoría de justicia permiten realizar la justicia en las sociedades democrá- ticas, especialmente en aquellas afectadas por la pobreza, la marginación y las desigualdades sociales.

Hans-Georg Gadamer é bem conhecido por sua abordagem compreensivista quanto aos problemas tradicionais da metafísica e filosofia em geral. Seu posicionamento teórico e crítico aproximam sua obra da tradição compreensivista iniciada em fins do século XIX e levada adiante a partir do início do século XX. Nesse trabalho, proponho uma breve discussão acerca de uma de suas comunicações nos anos 1960 em que o autor procura refletir e elucidar a situação da filosofia naquele contexto específico. Fim da Segunda Guerra Mundial, industrialização endêmica e o progresso vertiginoso da técnica e da ciência podem ser apontados como fatores decisivos para a compreensão das características políticas, sociais e econômicas daquela época em particular. Intitulando sua comunicação “A posição da filosofia na sociedade”, Gadamer defende uma postura radicalmente diferente daqueles que se aproximam de visões de mundo totalizantes que poderiam ser justificadas a partir do ponto de vista da tradição hegeliana e, por outro lado, da postura subserviente, acrítica e iludida do que o autor chama de “philosophy of science”, herança da tradição positivista. Mesmo apresentados tendo-se em mente os problemas específicos daquele contexto, os argumentos de Gadamer podem ser utilizados como uma ferramenta razoável para a compreensão de nossos próprios problemas, especialmente quando a tarefa é discutir e compreender criticamente a posição da Filosofia em nossa cultura. Procuro refletir sobre essa comunicação de Gadamer ajustando o foco para a relevância dele para a compreensão da situação da Filosofia no contexto cultural e acadêmico brasileiro.

El enfoque de las capacidades ha estado principalmente asociado al liberalismo, ya que sus figuras fundacionales, Sen y Nussbaum, se han declarado explícitamente parte de esa corriente de pensamiento. Sin embargo, puede afirmarse que algunas de las características de dicho enfoque podrían encontrar su mejor formulación, proyección y desarrollo fuera del liberalismo. A partir de sus conceptos constitutivos de reconocimiento, intersubjetividad y alta sensibilidad a la vulnerabilidad, la justicia social crítica se presenta como un espacio normativo más apropiado para el desarrollo y la proyección del enfoque de las capacidades. Esta tesis es ilustrada a través de dos importantes discusiones normativas, la primera de ellas es la que tiene por tema a la métrica de justicia y la segunda es la que hace a la forma de entender la democracia, la ciudadanía y la razón pública. A partir de la interpretación de estos conceptos es que se justifica que la justicia social crítica es un mejor marco normativo para el enfoque de las capacidades que el liberalismo.

RESUMEN Una vez que el foco de la reflexión pasa de las teorías ideales a la aplicación de la justicia social, centrada en las instituciones de las sociedades democráticas, se requiere prestar especial atención a los estilos de vida. Estos tienen una alta incidencia en cómo la justicia es realizada y afectan tanto a la desigualdad económica como a la disponibilidad de los recursos naturales. En nuestras sociedades es posible establecer restricciones a los estilos de vida, especialmente en aquellos casos en que, por el efecto de algunas dinámicas sociales, aquellos se desacoplan de las concepciones del bien. Se defiende que, en tales casos, la base normativa que permite exigir el respeto a los estilos de vida se disuelve y por ello es posible justificar su restricción. ABSTRACT Now that the focus of reflection has shifted from ideal theories to the application of social justice, centered on the institutions of democratic societies, it is necessary to pay special attention to lifestyles, since they not only influence the realization of justice, but also have an effect on economic inequality and the availability of natural resources. In our societies, it is possible to place restrictions on lifestyles, especially in those cases in which, influenced by certain social dynamics, they disengage from conceptions of the good. The article argues that, in those cases, the normative base grounding the demand that lifestyles be respected is dissolved, thus justifying their restriction.

Una vez que el foco de la reflexión pasa de las teorías ideales a la aplicación de la justicia social, centrada en las instituciones de las sociedades democráticas, se requiere prestar especial atención a los estilos de vida. Estos tienen una alta incidencia en cómo la justicia es realizada y afectan tanto a la desigualdad económica como a la disponibilidad de los recursos naturales. En nuestras sociedades es posible establecer restricciones a los estilos de vida, especialmente en aquellos casos en que, por el efecto de algunas dinámicas sociales, aquellos se desacoplan de las concepciones del bien. Se defiende que, en tales casos, la base normativa que permite exigir el respeto a los estilos de vida se disuelve y por ello es posible justificar su restricción.

Resumen El uso del término imaginación remite a un cierto tipo de actividad mental que en su formulación más básica refiere a la capacidad humana para crear imágenes en ausencia de lo representado, es decir, para representarnos objetos o estados de cosas que están ausentes, y a la capacidad para crear imágenes a partir de otras que ya se poseen. Esta formulación permite dar cuenta de una amplia gama de experiencias humanas que van desde la creación artística y la innovación técnica hasta la anticipación de posibles escenarios en los que intervenir. En particular voy a centrarme en un uso específico de la imaginación que denominaré imaginación práctica y que consiste principalmente en la anticipación contrafáctica de posibles estados de cosas resultantes de nuestras acciones. A partir de esto sostendré la existencia de una relación interna entre imaginación práctica y racionalidad práctica, en virtud de la cual la primera oficia de posibilitadora de la segunda. Para ello relevaré cuatro formas de ejercicio de la racionalidad práctica que han sido tematizadas a lo largo de la historia de la filosofía: la ética, la moral, la política y la legal.The use of the term imagination refers to a certain type of mental activity that in its most basic formulation refers to the human capacity to create images in the absence of what is represented, that is, to represent objects or states of things that are absent, and the ability to create images from others that are already possessed by the agent. This formulation allows to account for a wide range of human experiences ranging from artistic creation and technical innovation to the anticipation of possible scenarios in which to intervene. In particular, I will focus on a specific use of the imagination that I will call practical imagination and that consists mainly in the counterfactual anticipation of possible states of affairs resulting from our actions. From this perspective I will sustain the existence of an internal relation between practical imagination and practical rationality, by virtue of which the first enables the second. To do this, I will highlight four types of practical rationality that have been thematized throughout the history of philosophy: ethical, moral, political and legal rationality.

Se presenta una versión de la teoría crítica de la justicia que se estructura en el programa de fundamentación de la ética del discurso, tomando el principio de responsabilidad, introducido por K. O. Apel, como guía normativa para la intervención en las sociedades reales. Esta guía que se especifica en la condición de sujetos de diálogo, permite identificar y desarrollar los elementos constitutivos de la teoría. Las capacidades, como métrica de justicia, y un principio suficientarista, que trabaja conjuntamente con el de diferencia, son elementos que pretenden asegurar la condición de sujetos de diálogo. The article presents a version of the critical theory of justice structured on the basis of the grounding program for discourse ethics, taking the principle of responsibility introduced by K. O. Apel, as a normative guide for intervention in real-world societies. This guide, which is specified in the condition of subjects of dialogue, makes it possible to identify and develop the theory’s constitutive elements. Capacities, as a metric of justice, and a sufficientarian principle that works jointly with that of difference are the elements that aim to ensure the condition of subjects of dialogue. Apresenta-se uma versão da teoria da crítica da justiça que se estrutura no programa de fundamentação da ética do discurso, tomando o princípio de responsabilidade, introduzido por K. O. Apel, como guia normativo para a intervenção nas sociedades reais. Esse guia, que se especifica na condição de sujeitos de diálogo, permite identificar e desenvolver os elementos constitutivos da teoria. As capacidades, como métrica de justiça, e um princípio suficientarista, que trabalha conjuntamente com o de diferença, são elementos que pretendem garantir a condição de sujeitos de diálogo

El concebir al sujeto como un sujeto de reconocimiento recíproco requiere la búsqueda de mecanismos que posibiliten el tránsito del extrañamiento al reconocimiento del otro. Este tránsito se encuentra en el corazón de todo proceso de educación moral y particularmente en el de una educación ciudadana entendida en términos universalistas. Las narraciones literarias propician ese tránsito del extrañamiento al reconocimiento, tanto por la generación de relaciones empáticas tematizadas en la tradición aristotélica, como por los procesos de reflexión crítica que surgen en la estética de Brecht, en la función social de la literatura de Jauss y en la hermenéutica crítica. En virtud de estas razones es por lo que deberían ocupar un rol protagónico en todo proceso de educación ciudadana

La modernidad impone condiciones para la reflexión acerca de la democracia participativa. En tal sentido, un irrebasable conjunto de derechos básicos funciona como marco para la participación ciudadana y opera como parámetro para la presentación de las virtudes cívicas. En función de esto último, en este trabajo se expondrá una teoría de la virtud de corte procedimental, presentando cuatro virtudes que aseguran lacondición de ciudadanía en su mayor expresión. Estas virtudes son conceptualmente diferenciadas de los valores cívicos como forma de establecer criterios normativos diferenciales para la implementación de políticas públicas. Por último se presentan tres dimensiones para la educación ciudadana: una de corte estrictamente curricular, una personal vinculada al desarrollo de las capacidades básicas del ciudadano, y una dimensión social que tiene que ver con el rol de las instituciones de la sociedad civil.

Las preferencias adaptativas se generan como una respuesta adaptativa a situaciones de restricción de oportunidades, por el cual se da el ajuste de las voliciones a las posibilidades del afectado; esta adaptación se manifiesta como una tendencia a eludir la frustración que se siente al experimentar voliciones que no pueden satisfacerse.Este tipo de preferencias es altamente relevante para el diseño de políticas públicas que tienen por objeto sectores de población altamente vulnerables. El no reconocerlas puede conducir al sistemático fracaso de su implementación. En este trabajo se presentará el problema en estrecha relación con el enfoque de las capacidades de Sen y el modelo de reconocimiento de Honneth, a la vez que se introducirá el concepto de capacidades colectivas como consecuencia de un ajuste intersubjetivista de la propuesta de Sen. La discusión normativa aquí presentada, por otra parte, aspira a operar como guía normativa para el diseño de políticas públicas

The main goal of critical social justice is to ensure the agency of citizens, which enables them to take part, not only in public discussions about how resources are distributed, but also about matters such as what should be produced, how to do it and through what kind of production, among others. Critical social justice can be best formulated within the foundation programme of discursive ethics, in particular within Apel's version specified in his principle of co-responsibility. This principle establishes a telos that operates as a normative guide to formulate the constructive question about which the necessary conditions are for someone to be able to become a subject of dialogue. Answering this question leads, on the one hand, to the development of some constitutive elements of critical social justice and, on the other hand, to the identification of the social relations and structures that undermine the possibilities of a person to effectively participate in the discussion of the topics they consider relevant. As its constitutive elements, I propose reciprocal recognition autonomy, the metric of capabilities and a sufficientarian principle of justice, which work together with the well-known difference principle. These elements constitute a normative net that allows contemporary societies to be criticized from the perspective of justice.

Como consequência dos processos de modernização das sociedades contemporâneas, a imparcialidade, como uma das chaves do tratamento igualitário, converteu-se em elemento constitutivo de toda a teoria moral. A imparcialidade é lograda através de processos de abstracção e de formalização que geram a desvinculação dos sujeitos do seu ethos. Esta desvinculação é a que funda a dualidade de perspectivas pública e privada, com o primado da segunda sobre a primeira sempre que se apresentam situações de conflito. Perante este problema, que o autor denomina de dualidade moral, o artigo apresenta uma proposta que toma a ideia de integridade política como estrutu-radora de uma perspectiva que permita superar a brecha que se gera entre os princípios morais de cariz geral e formal, e aquelas crenças e valores que na realidade determinam a acção do sujeito. /// As a consequence of the contemporary processes of social modernization, impartiality, as one of the keys to equal treatment, has turned into a constituem element of moral theory. Impartiality is achieved through processes of abstraction and formalization that generate the dissociation of the subject from their ethos. This dissociation enables the duality between public andprivate spheres, with the priority of the latter over the former in controversial situations. When approaching this problem, which the author calls moral duality, the article proposes the idea of political integrity as architectonic of a perspective that enables to overcome the gap generated between general and formal moral principies, and those beliefs and values that infact determine the subject to act.

“Liberal Subject and Social Pathologies”. This work presents the limits of the idealization of the liberal subject. Its distinctive characteristics, which make this subject one that is scarcely vulnerable to circumstances and assume the possibility to evaluate ends and preferences, limit the awareness of phenomena of colonization of the world of life. Only by modifying such idealization through deep self-reflection shall these colonizing phenomena be overcome. On the other hand, this new type of subject shall be able to participate in the relevance of personal behaviour as regards consumerism and the applicability of principles of justice

Segundo o presente artigo, os bloqueios resultantes tanto dos riscos associados com o subjectivismo como com a rigidez de meios e o perfeccionismo no âmbito das discussões sobre a justiça distributiva, podem ser superados mediante um procedimento capaz de conjugar critérios distributivos de meios e capacidades. O autor apresenta aqui as linhas gerais de um tal projecto, partindo nomeadamente do conceito de autonomia do sujeito, conceito esse essencial para uma diferenciação dos espaços operativos próprios aos critérios distributivos e compensatórios de meios e capacidades. Assim, em vista à implementação de um tal projecto, o autor do artigo apresenta todo um conjunto de capacidades básicas que ao serem desenvolvidas em termos de mínimos de dignidade permitirão ao sujeito passar do estádio de autonomia potencial para o de autonomia plena. Uma vez que tenham logrado a plenitude da autonomia, os sujeitos passarão a estar afectados por critérios distributivos e compensatórios próprios das teorias de meios, em virtude dos quais terão assegurada uma diferenciação no controlo de meios como contraparte da responsabilidade pelas próprias decisões. Por fim, mostra-se também até que ponto a dimensão comunitária joga um papel preponderante nesta proposta modelando não só a especificação do mínimo de capacidades básicas mas também ajustando os critérios de meios às coordenadas locais. In the discussion of distributive justice, the resulting obstruction of the risks of subjectivity on the one hand, and the rigidity of means and perfectionism on the other hand, can be overcome by a proposal combining distributive criteria of means and capabilities. In this paper, the author presents the general lines of such a project, starting from the key concept of the subject's autonomy, which will enable the differentiation of the operative spheres of the distributive and compensatory criteria of means and capabilities. In terms of its implementation, the author presents a set of basic capabilities which, when being developed in terms of minima of dignity, will allow the subject to pass from the state of potential autonomy to one of full autonomy. Once the subjects reach full autonomy, they will be affected by distributive and compensatory entena typical of theories of means, in virtue of which a differentiation in the control of means will be ensured, its counterpart being the responsibility for their decisions. Finally, it is also shown how the communitarian dimension plays a prominent role in such a proposal, particularly as much as it models the specification of the minimum of basic capabilities, as well as it is crucial when it comes to adjust the criteria of means to local coordinates

Se presenta una versión de la teoría crítica de la justicia que se estructura en el programa de fundamentación de la ética del discurso, tomando el principio de responsabilidad, introducido por K. O. Apel, como guía normativa para la intervención en las sociedades reales. Esta guía que se especifica en la condición de sujetos de diálogo, permite identificar y desarrollar los elementos constitutivos de la teoría. Las capacidades, como métrica de justicia, y un principio suficientarista, que trabaja conjuntamente con el de diferencia, son elementos que pretenden asegurar la condición de sujetos de diálogo.

The capability approach assigns a central role to the contexts within which social interactions take place, which make individual liberty achievable. However, an auxiliary concept is necessary to explain the contexts of collective action more accurately. In this paper I shall present Taylor’s concept of irreducibly social goods as a supplement to the capability approach. I shall also introduce the concept of hermeneutics as a strategy suitable for evaluating which capabilities are to be considered valid, as an alternative to aggregative methodologies. This conceptual development at the core of the capability approach demands to be framed by a normative criterion that enables us to distinguish between emancipatory and conservative contexts of social action; for that purpose I make use of the subject idealization that Honneth and Anderson present

El presente artículo se centra en la búsqueda de un criterio limitador de la desigualdad permitida por toda distribución de recursos. A partir del principio de diferencia de Rawls, se presentará como criterio limitador de esta desigualdad al surgimiento de sentimientos de envidia en los sujetos debido a la percepción de grandes diferencias en la posesión de recursos. Este citterio tiene su fundamentación en los problemas de estabilidad que la envidia genera. ya que sujetos que envidien la posesión de bienes de alguien más dejarán de ser sujetos plenamente cooperantes. y tanto la autonomía individual como la estabilidad social estarán en cuestión.

“Democratic Ethical Life and the Struggle for Recognition: AReconstruction of Hegel’s Inluence on Deliberative Democracy”. Hegel’s politicalphilosophy represents a signiicant contribution to the understanding of moderndemocracy and social dynamics. As regards modern democracy, the concept ofdemocratic ethical life presented by Wellmer allows for the integration of equalsubjective rights and citizen participation in a deliberative culture that illsdemocracy with citizen vitality without going against individual liberties. As forsocial dynamics, they can be explained by the need for reciprocal recognition asthe key to the constitution of subjectivity, which explains the moral motivation inthe struggles of social groups. Both concepts are closely interwoven because thestruggle for recognition allows for an explanation of the dynamics of democraticethical life. Thus, democratic ethical life and the struggle for recognition, asinterwoven concepts, offer two key notions for the solution of some of the obstacleswith which contemporary political philosophy must deal.

En este trabajo se presentan las características de la interpretación en Ronald Dworkin, a través de su puesta en perspectiva con la hermenéutica gadameriana y la hermenéutica trascendental de Apel. Esto posibilita dar cuenta de una tensión interna al pensamiento de Dworkin que se da en el peso que tienen en la interpretación la dimensión pragmática y la dimensión semántica del signo. La no asunción de la dimensión pragmática, y su intención de brindar un criterio para la mejor interpretación le llevan a caer en una posición realista.