Márcio Filho

Programmed cell death (PCD) in cell groups and microbial communities affects population structures, nutrient recycling, and sociobiological interactions. A less explored area is the role played by PCD in the emergence of higher-level individuals. Here, we examine how cell death impacted evolutionary transitions in individuality (ETIs). The focus is on three specific ETIs - the emergence of the eukaryote cell, multicellularity, and social insects - and we review the theoretical and empirical evidence for the role of PCD in these three transitions. We find that PCD likely contributed to many of the processes involved in eukaryogenesis and the transition to multicellularity. PCD is important for the formation of cooperative groups and is a mechanism by which mutual dependencies between individuals evolve. PCD is also a conflict mediator and involved in division of labor in social groups and in the origin of new cell types. In multicellularity, PCD facilitates the transfer of fitness to the higher-level individual. In eusocial insects, PCD of the gonadal cells in workers is the basis for conflict mediation and the division of labor in the colony. In the three ETIs discussed here, PCD likely played an essential role, without which alternate mechanisms would have been necessary for these increases in complexity to occur.

Apresento aqui por que Schopenhauer entende a natureza como um conceito construído pelo homem, abstrata e conceitual: uma palavra. Schopenhauer reformulou o idealismo transcendental de Kant para que os conceitos do entendimento não fizessem referência à sensibilidade, porque animais tem experiência do mundo fenomênico, ao contrário do que a teoria kantiana nos leva a crer. Afinal, em Kant, animais teriam de lidar com conceitos para representar objetos, o que Schopenhauer nega. Na teoria schopenhaueriana nossas percepções não necessitam das categorias do entendimento para elaborar o objeto da experiência possível e tornar-se representação. O entendimento kantiano será mostrado como um objeto híbrido: meio representação, meio coisa-em-si, pois Kant misturou o pensar e o intuir, tornado a experiência e o mundo objetivo dependentes do entendimento. Porém, para Schopenhauer o objeto individual, as percepções são independentes do pensamento abstrato. O pensamento se envolve com conceitos e abstrai o que é comum dos objetos, originando-os. Já o entendimento é irracional, intuitivo e perceptivo.

Neste ensaio oferecemos duas razões para se acreditar em um programa de pesquisa relativamente novo em filosofia da mente: A Teoria da Intencionalidade Fenomenal. Abordamos como esta teoria se fez, clareando seu aspecto mais importante e para isso, mostramos porque a intencionalidade fenomenal se fundamenta nas propriedades fenomenais da experiência consciente dos sujeitos para formar os conteúdos mentais que, são tidos aqui como propriedades intrínsecas da experiência consciente. Por fim, apresentaremos dois argumentos que defendem 1) a existência de estados intencionais fenomenais internalistas e 2) a intencionalidade fenomenal como fonte primária da própria intencionalidade.

Neste artigo procuro oferecer razões para concordarmos com as afirmações de Amartya Sen expostas no primeiro capítulo do seu livro Sobre ética e economia intitulado: Comportamento econômico e sentimentos morais. Ali, Sen defende que a Economia moderna possui duas fontes que ele denomina: ética e engenharia. Para Sen, o distanciamento das duas origens empobreceu a Economia moderna contribuindo para um caráter não-ético desta ciência, mesmo a Economia devendo grande parte da sua evolução histórica à filosofia moral. Buscarei oferecer razões para se concordar com Sen sobre o afastamento dessas duas fontes, a ética e a engenheira, na Economia moderna, mostrando algumas preocupações filosóficas e econômicas na escolástica em um momento histórico onde as questões éticas eram indissociáveis das questões econômicas, no sentido de Sen.