Maria F Novo

O artigo percorre argumentos presentes na obra de Lélia Gonzalez que justificam sua importância na formulação de uma perspectiva original interpretação da formação social do Brasil. Nesse sentido, sugere-se um percurso analítico a partir de diferentes textos da autora que traduzem seus vínculos teóricos e interesses especulativos. Marxismo, teoria social e psicanálise são eixos estruturais do pensamento de Gonzalez, em função dos quais procura-se evidenciar as contribuições dessa intelectual amefricana sobre a formação social do Brasil enquanto um campo aberto de estudos.

O texto explora a maneira pela qual o transindividual em Individuação à luz das noções de forma e Informaçãose compõe como saída para a combinação entre as fases do ser, do pré-individual à individuação psíquico coletiva.Na tese de 1958, o transindividual se apresenta também como um tipo singular de intersecção que visa resolver acomposição entre o físico e o vital, e o singular e o coletivo. Aparece, com isso, a coexistência entre os dinamismosque disparam individuações e que correspondem tanto à necessidade de repor o que garante a metaestabilidade,quanto ao conjunto de relações transindividuais que sugerem uma revisão das noções de subjetivação e identidade.