•  7
    Neste ensaio, busca-se pensar de que forma a questão do niilismo é enfrentada pelo pensamento de povos indígenas das terras baixas da América do Sul: se interpretarmos o niilismo como perda de parâmetros diante da “morte de Deus”, que sentido o problema do niilismo faz para povos que não estipularam um Deus unitário como fundamento axiológico? Para desdobrar essa questão, fez-se uso da obra Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton Krenak, bem como de referenciais antropológicos e filosóficos …Read more
  •  5
    Multinaturalismo e teoria da expressão
    Trans/Form/Ação 47 (1). 2024.
    Starting with the characterization of Baruch Spinoza’s work as a “theory of expression” and with the influence that Gilles Deleuze’s philosophy has on multinaturalist perspectivism, this article speculates on the possibility of a theory of expression for multinaturalism. First, one proceeds to raise some Deleuzian considerations on Spinozist ontology to articulate the influence Deleuze has on the manner in which multinaturalist anthropology dialogues with indigenous mythologies and cosmologies. …Read more
  •  13
    RESUMO Este artigo busca levantar algumas questões a respeito da proposta do filósofo alemão Peter Sloterdijk ao Antropoceno, termo em debate que define a época na qual o ser humano se configurou como um agente de transformação geológica e climática. O debate faz-se pertinente por conta da proximidade de Sloterdijk com nomes como Bruno Latour e Yuk Hui, autores que, de forma central ou tangencial, se debruçam sobre este problema. Neste artigo, começaremos trazendo alguns dos principais conceitos…Read more
  •  7
    Epidemia da insônia: Kopenawa e a equivocidade do esquecimento
    Griot : Revista de Filosofia 21 (2): 199-220. 2021.
    Friedrich Nietzsche dizia que a transcendência e a negação da vida, próprias do niilismo reativo que caracteriza a autofagia do Ocidente, eram subprodutos do excesso de memória, plasmado em ressentimento e “espírito de vingança”. Por outro lado, o xamã yanomami Davi Kopenawa, liderança indígena e autor, junto ao antropólogo Bruce Albert, do livro _A queda do céu_, responsabiliza o esquecimento dos brancos por sua própria derrocada — derrocada que leva todos os povos não-brancos consigo, em um ve…Read more
  •  5
    Este artigo problematiza o antropocentrismo na “esferologia” de Peter Sloterdijk, com sua narrativa da antropogênese como construção imunológica da “casa do ser”, na qual o humano, rompendo a “jaula” animal, constrói esferas, ilhas imunológicas de coexistência humana. O mito de Orfeu simboliza para Sloterdijk a imunologia: ao perder a amada, Orfeu reconstrói imunologicamente o complemento, neutralizando o espectro ausente como linguagem. Propomos um experimento filosófico, o “Anti-Orfeu”, no qua…Read more
  •  29
    Corona e communis: imunidade, comunidade e o COVID-19
    Voluntas: Revista Internacional de Filosofia 11. 2020.
    Diante da pandemia do Novo Coronavírus, muitos foram os problemas levantados pela filosofia a partir do modo “imunitário” com o qual a civilização industrial lidou com a crise, e muito tem sido aventado sobre a necessidade de se repensar o sentido da noção de comunidades de apoio e de resistência. Exemplos disso não faltam; dentre os filósofos que abordaram a crise, encontram-se desde Giorgio Agamben a Paul B. Preciado, entre outros. Neste artigo, pretendemos partir da discussão sobre imunologia…Read more
  •  21
    Entre deuses e bestas: Heidegger, Sloterdijk e os paradoxos do humanismo
    Prometeus: Filosofia em Revista 11 (27). 2018.
    Com passar do século XX, o conceito de humanismo perdeu forças em virtude das diversas calamidades que evidenciaram seus paradoxos. Diante disso, um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial, Martin Heidegger respondeu uma carta do teórico Jean Beaufret a respeito da necessidade de se manter ou não o termo “humanismo”. Em 1999, Peter Sloterdijk pronunciou uma conferência que consistia em uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo. Ambos se amparam nos paradoxos que subjazem o conceito, m…Read more
  •  16
    Conquistar o Tertium Datur: Sloterdijk Em defesa de uma “antropologia cibernética”
    with José Fernandes Weber
    Trans/Form/Ação 43 (1): 189-212. 2020.
    Resumo: Martin Heidegger desenvolveu uma análise da metafísica e da tecnologia que questionava radicalmente seus pressupostos ontológicos. Contudo, para Peter Sloterdijk, autor de uma revisão do motivo da clareira heideggeriana intitulada Domesticação do ser: clarificando a clareira, Heidegger padece daquilo mesmo que ele critica: uma pendência para a ontologia clássica que, desde pelo menos Platão e Aristóteles, separa o ser e o nada, basila o princípio de bivalência na lógica, excluindo qualqu…Read more
  •  8
    Este artigo tem o objetivo de articular a crítica feita por Peter Sloterdijk em Esferas I, de 1998, à insuficiência da tematização do problema da espacialidade em Ser e tempo, obra de Martin Heidegger publicada em 1927, explicitando a solução que Sloterdijk oferece ao recuperar aquilo que, para ele, estava prenhe na obra heideggeriana, isto é, o desenvolvimento apropriado da questão da espacialidade. Nos reportamos primeiramente aos parágrafos em que Heidegger disserta sobre a espacialidade em S…Read more