Resumo: O objetivo do presente artigo é, tendo como fundamento a relação entre arte e revolução no interior da teoria crítica da Escola de Frankfurt, estabelecer uma relação entre o que a música dodecafônica de Arnold Schoenberg representa para a filosofia de Theodor Adorno com o que o surrealismo representa na filosofia de Herbert Marcuse. A hipótese defendida é a de que as razões que levaram Adorno a se aproximar da atonalidade e do dodecafonismo se assemelham às razões que levaram Marcuse a s…
Read moreResumo: O objetivo do presente artigo é, tendo como fundamento a relação entre arte e revolução no interior da teoria crítica da Escola de Frankfurt, estabelecer uma relação entre o que a música dodecafônica de Arnold Schoenberg representa para a filosofia de Theodor Adorno com o que o surrealismo representa na filosofia de Herbert Marcuse. A hipótese defendida é a de que as razões que levaram Adorno a se aproximar da atonalidade e do dodecafonismo se assemelham às razões que levaram Marcuse a se aproximar do surrealismo. E, embora os dois autores tenham utilizado em seus escritos elementos teóricos das chamadas "artes de vanguarda", pretende-se também mostrar que Marcuse nutriu pelas mesmas um otimismo e uma confiança maiores do que Adorno.Palavras-chave: teoria crítica - arte - revolução - dodecafonismo - surrealismo - Arnold Schoenberg - Theodor Adorno e Herbert Marcuse.: The objective of the present article is, based on the relation between art and revolution in the interior of the critical theory of the School of Frankfurt, to establish a relation between what dodecaphonic music of Arnold Schoenberg represents for the philosophy of Theodor Adorno with what surrealism represents in the philosophy of Herbert Marcuse. The hypothesis defended is that the reasons which led Adorno to approach atonality and to move toward dodecaphonism are similar to the reasons that led Marcuse to approach surrealism. And, although both authors have utilized theoretical elements of the so-called "vanguard arts", the intention is also to show that Marcuse had more optimism and confidence in these arts than did Adorno