Rafael Pereira

This article aims to question the value of impartiality in environmental ethics by highlighting a problem internal to the bioethics approach known as sentiocentrism. The principle that all beings with the same degree of consciousness should receive the same moral treatment would lead to a trilemma, i.e., the need to choose among three morally unacceptable choices. I argue those problems are related to the premise, shared by Utilitarianism and rights-centered theories, that impartiality is the constitutive feature of the moral point of view. In the last part of my article, I discuss how this problem points to some advantages of a virtue ethics approach to environmental ethics.

RESUMO O objetivo deste artigo é o de ilustrar a oposição dos comunitaristas ao contratualismo, a partir da análise de um caso específico: a crítica de Michael Sandel ao voluntarismo contido na teoria de Rawls. Sandel chama de "voluntarismo" a tese pela qual princípios políticos e morais se legitimam a partir de um exercício da vontade individual, sob a forma da "escolha" ou do "consentimento". Esta tese, como procuraremos argumentar, está na base do contratualismo moderno, embora somente em Rawls ela atinja sua formulação mais perfeita. Sandel propõe como alternativa ao voluntarismo o que ele chama de "cognitivismo", inspirado na visão de mundo dos antigos. Segundo o cognitivismo, os princípios políticos e morais são derivados de fins ou "bens" que são mais descobertos do que propriamente escolhidos. ABSTRACT The aim of this paper is to illustrate the opposition between communitarianism and contratualism, from the analysis of a specific case: Michael Sandel's criticism of voluntarism in the theory of Rawls. For Sandel "voluntarism" is the thesis according to which political and moral principles are legitimate from an exercise of individual will, such as "choice" or "consent". We shall argue that this thesis is the grounding basis of modern contractualism, although only with Rawls it reaches its purest form. Sandel suggests as an alternative to voluntarism what he calls "cognitivism", inspired in the ancient understanding of the world. According to cognitivism, the legitimation of political and moral principles streams from ends or "goods" which are discovered rather than chosen.

In this paper we propose a conception of Virtue Ethics based on ancient eudaimonic ethics. We argue that in these conceptions the notion of virtue is understood as an excellent state of the soul, in which the distinction between happiness and morality is overcome. We’ll try to show that this approach makes easier for Virtue Ethics to deal with several of its problems. We also argue that many of the elements present in the contemporary debate about virtue ethics can be understood from the issue of the distinction between morality and happiness. Finally, we argue that our approach also allows a better assessment of how difficult can be to adopt a virtue ethics in contemporary societies.

Este trabalho pretende discutir uma aparente ambigüidade da ética spinozista, que ora é descrita como uma ética da auto-conservação, ora como uma ética da liberdade. Após mostrar por que fracassam as tentativas de diversos comentadores em conciliar estes dois aspectos, argumentaremos que a única maneira de resolver o problema é considerar que o que deve ser mantido na existência não é o indivíduo empírico do senso comum, mas sim a “individualidade”, que estaria ligada à proporção das relações de movimento e repouso, correspondendo à essência singular de cada ente. Para sustentar esta posição, faremos uma análise da noção de conatus em Spinoza, mostrando que este não se reduz a elementos físicos, sendo também um princípio metafísico, que relaciona os seres finitos à potência de Deus. Somente a partir desta dimensão formal seria possível compreender porque o esforço primordial de auto-preservação desemboca em uma ética da liberdade.

O artigo sustenta que a distinç ão entre virtude (_Tugend_) e boa vontade (_guter Wille_) na ética de Kant fornece uma chave para compreendermos a tese da centralidade da virtude na Ética das Virtudes contemporânea. A partir de uma comparação entre as éticas de Kant e de Aristóteles, argumentaremos que o conceito de excelência (_areté_) cumpre, na obra do filósofo grego, a mesma função da boa vontade em Kant, constituindo o valor moral a partir das razões corretas e da motivação adequada. Acreditamos que esta abordagem pode contribuir para que a Ética das Virtudes se firme como uma corrente autônoma, alternativa ao utilitarismo e ao neokantismo, ao apontar para divergências estruturais entre estas teorias em função de diferentes papéis atribuídos ao conceito de virtude.

Neste trabalho, tentaremos argumentar que a famosa tese da falácia naturalistade Hume só pode ser compreendida a partir de certos pressupostos contidos emseu pensamento, notadamente o caráter emotivo da moral. Neste sentido, estatese não corresponderia àquilo que ficou conhecido, posteriormente, como a“lei de hume”, ou seja, a impossibilidade lógica de se derivar o “deve” a partirdo “é”. Também procuraremos mostrar que nossa interpretação contribui paraa solução de algumas contradições que parecem estar contidas na formulaçãohumeana da falácia, discutidas por diversos comentadores.In this paper we argue that the famous naturalistic fallacy in Hume can beunderstood only by considering some internal issues of his thought, especiallythe emotional dimension of morality. As such, this thesis does not correspondto its usual interpretation known as “ hume’s law”, that is, the logicalimpossibility of deriving ‘ought’ from ‘is’. The aim of our paper is also toshow that our interpretation contributes to solving some of the contradictionspointed out by various authors in Hume’s formulation of the naturalistic fallacy.

The use of Type Ia supernovae as distance indicators led to the discovery of the accelerating expansion of the universe a decade ago. Now that large second generation surveys have significantly increased the size and quality of the high-redshift sample, the cosmological constraints are limited by the currently available sample of ~50 cosmologically useful nearby supernovae. The Nearby Supernova Factory addresses this problem by discovering nearby supernovae and observing their spectrophotometric time development. Our data sample includes over 2400 spectra from spectral timeseries of 185 supernovae. This talk presents results from a portion of this sample including a Hubble diagram and a description of some analyses using this rich dataset.