Esse artigo analisa alguns aspectos da teoria da cognição, de Jürgen Habermasa partir de seus escritos mais recentes sobre epistemologia e metafísica. Tentasituar sua teoria pragmática da aprendizagem no modelo de uma transcendênciaimanente. Mostra sua apropriação de duas tradições da filosofia da linguagem,– a tradição Hamann-Herder-Humboldt e a tradição anglo-americana – a fimde analisar a construção do conhecimento empírico a partir da virada lingüística,especificamente a articulação entre as…
Read moreEsse artigo analisa alguns aspectos da teoria da cognição, de Jürgen Habermasa partir de seus escritos mais recentes sobre epistemologia e metafísica. Tentasituar sua teoria pragmática da aprendizagem no modelo de uma transcendênciaimanente. Mostra sua apropriação de duas tradições da filosofia da linguagem,– a tradição Hamann-Herder-Humboldt e a tradição anglo-americana – a fimde analisar a construção do conhecimento empírico a partir da virada lingüística,especificamente a articulação entre aspectos semânticos e pragmáticos. A partirdaí, o artigo elabora, tentativamente, algumas críticas à análise de Habermas,especialmente no que se refere às questões envolvendo a referência, o realismo,bem como seu modelo de justificação racional.The aim of this article is to analyze aspects of Jurgen Habermas’ theory ofcognition as developed in his most recent writings on epistemology andmetaphysics. The article attempts to situate his pragmatic theory of learningin the model of an immanent transcendence. Moreover, we show Habermas’appropriation of two traditions of philosophy of language – the HamannHerder-Humboldtand Anglo-Americantraditions – in order to analyze theconstructionof empirical knowledge as it takes shape with the linguisticturn,specifically in the articulation between semantic and pragmatic aspects.Wethen go on to elaborate a critique of Habermas’analysis, regardingquestionsrelated to reference, realism, and his model of rational justification