A troca epistolar de Espinosa com Hugo Boxel ocorreu de setembro de 1674 a meados de outubro ou novembro do mesmo ano. Foram escritas, até onde se sabe, seis cartas, três de cada um, todas elas em holandês. Há disponível, todavia, apenas a cópia do original de uma única delas, a _epístola LIII_, restando como fontes únicas as _versiones_ latinas apresentadas nas _Opera Posthuma_. Toda a sequência argumentativa rende um interessantíssimo documento, frutífero no que atina a questões como fé e supe…
Read moreA troca epistolar de Espinosa com Hugo Boxel ocorreu de setembro de 1674 a meados de outubro ou novembro do mesmo ano. Foram escritas, até onde se sabe, seis cartas, três de cada um, todas elas em holandês. Há disponível, todavia, apenas a cópia do original de uma única delas, a _epístola LIII_, restando como fontes únicas as _versiones_ latinas apresentadas nas _Opera Posthuma_. Toda a sequência argumentativa rende um interessantíssimo documento, frutífero no que atina a questões como fé e superstição. Aqui, todavia, não temos a pretensão de entrar no debate teórico. O que ora propomos é somente uma tradução integral da correspondência entre Espinosa e Boxel, entregando ao leitor uma versão em língua portuguesa que seja a mais justa e acurada possível, e que reproduza fielmente a terminologia técnica usada.