Simone Silva

SummaryFrom 1996 to 2006, Nepal experienced a substantial fertility decline, with the total fertility rate dropping from 4.6 to 3.1 births per woman. This study examines the associations between progress towards universal primary and secondary schooling and fertility decline in rural Nepal. Several hypotheses regarding mechanisms through which education affects current fertility behaviour are tested, including: the school environment during women's childhood; current availability of schools; knowledge of educational costs; and women's own educational attainment. Data for the analysis come from the 2003–04 Nepal Living Standards Survey, a nationally representative random sample of households, which includes detailed data on fertility, household expenditure, educational attainment, demographic characteristics and the use of social services. Census and administrative data are also used to construct district-level gross enrolment ratios for primary and secondary schools during the women's childhood. Discrete dependent variable modelling techniques are used to estimate the effects of the following variables on the probability of women giving birth in a given year: district-level gross enrolment ratios for primary and secondary schools during women's childhood; having had a child previously in school; women's own educational level; current school availability; and other covariates. Separate models are estimated for the overall sample of rural women of reproductive age, and for parity-specific sub-samples. The results suggest that district-level gross enrolment ratios for secondary schools and, in some instances, having had a previous child enrolled in school are significant determinants of fertility in rural areas. These results are highly independent of women's own educational levels. Overall, the results suggest that, in the rural Nepal context, mass schooling influences the fertility transition through both community- and household-level pathways.

Esta análise objetiva entender se existe reconhecimento às conjugalidades/parentalidades LGBTQIA+ pelo conceito de família da Política Nacional de Assistência Social e se há subsídios satisfatórios para abonar proteção estatal as genealogias e/ou pessoas LGBTQIA+ por meio dos benefícios, serviços, planos, programas e projetos da Norma Operacional Básica de 2005. Com a análise documental da referida legislação, evidenciou-se que o conceito de família ainda não superou o modelo patriarcal, inserido no sistema capitalista de minimalismo das políticas públicas.

Neste trabalho apresentamos os resultados de uma pesquisa desenvolvida por uma aluna de graduação durante a realização de seu estágio docência. O objetivo da pesquisa foi investigar a relação entre trabalho e ensino de matemática em uma escola do campo na região sudeste do estado do Pará, na região norte do Brasil. A metodologia utilizada foi de inspiração etnográfica e os dados foram registrados no caderno de campo da pesquisadora. Também constitui material de análise as produções dos alunos e as observações realizadas em sala de aula. Ao longo do texto apresentamos o contexto de realização da pesquisa, listando, de maneira breve, as principais características do curso de graduação no qual a pesquisadora está matriculada, bem como o contexto geográfico da comunidade onde está localizada a escola no qual a pesquisa foi realizada. Em seguida apresentamos nossa compreensão de duas noções centrais para nossa análise: conhecimento e trabalho. A primeira é tomada de um referencial teórico produzido no interior da Educação Matemática brasileira, conhecido como Modelo dos Campos Semânticos e a segunda é assumida em consonância com um referencial teórico marxista. Após o referencial teórico apresentamos a metodologia da pesquisa, destacando de modo geral as atividades que foram realizadas no estágio docência que se configurou como locus da produção dos dados da pesquisa. Nas análises, apresentamos as compreensões elaboradas pela pesquisadora a partir da articulação do referencial teórico com as atividades desenvolvidas durante o estágio. Colocamos em evidência que a compreensão de trabalho apresentada pelos alunos da escola investigada leva em consideração apenas o aspecto financeiro de algumas atividades realizadas por eles em seu dia a dia. Essa compreensão é colocada em contraste com a definição de trabalho apresentada pelos referenciais teóricos adotados. Por fim, tecemos algumas considerações sobre o uso de categorias tomadas da vida cotidiana nos processos de ensino e aprendizagem de Matemática. Apontamos que essa perspectiva teórica abre a possibilidade de uma ação didática que coloca em evidência a não centralidade da Matemática nos processos de produção de conhecimento, bem como viabiliza a utilização de outras categorias no processo de produção de conhecimento de modo não hierárquico em relação à ciência ocidental.

IntroductionElements mark the reality of reading the female body in symbolic constructions and social symbols in the exercise of their reproductive health. The study aims to identify elements that characterize the female condition while analyzing the reproductive health of Brazilian and French women.Materials and MethodsA qualitative, multicenter, international study was conducted in Brazil and in France between 2016 and 2019. Data were produced through the use of semi-structured scripts. Focus group discussions and individual interviews were conducted with women who gave birth, hetero-female couples who lived the experience of gestation and birth of a baby, and professionals of maternal and childcare services or members of the associations concerned with the health of mothers and babies. It was guided by the theoretical-methodological framework of institutional analysis in line with the French Institutional Socioclinics.ResultsSexual and reproductive health in the realities researched in Brazil and France are sometimes close and sometimes far apart. In what involves the Brazilian health system, abortion is criminalized and often performed illegally. Furthermore, pregnancy, childbirth, and the postpartum period are highly medicalized. In addition, childbirth is not assured as an experience for a woman and her family. This aspect is confirmed by high numbers of cesarean sections performed or by maternal and infant mortality indicators. The French health system prioritizes vaginal deliveries and seems to assure more autonomy to women, but at the same time, it is worn out by the logic of profit, the efficiency of actions, and the rationalization of practices. In association with these, there are other intrinsic elements in the functioning of the institution that delineates the format of each country: notion of women's rights, violence against women, and discussion regarding the oppression markers of race, gender, sexuality, and social class.ConclusionsBoth countries reveal aspects related to the social role of women's bodies. The established logic reflects in the decision to have children, motherhood, women's autonomy over their own bodies, and in the core values linked to the termination of pregnancy and the professional practices developed in prenatal care, childbirth, and postpartum.