Um estudo filosófico do tempo é possível a partir da pergunta pela singularidade do tempo. Nesse sentido, John Sallis, em seu artigo “Another time”, apresenta Heidegger como aquele que forçou a pergunta pelo tempo em termos de uma possível singularidade. Heidegger, em sua obra O conceito de tempo, aludindo a Agostinho recoloca a questão do tempo a partir do Dasein, identificando-os. Contudo, é na ntenção primeira de Ser e tempo, isto é, intentando-se uma compreensão para Temporalität, o sentido …
Read moreUm estudo filosófico do tempo é possível a partir da pergunta pela singularidade do tempo. Nesse sentido, John Sallis, em seu artigo “Another time”, apresenta Heidegger como aquele que forçou a pergunta pelo tempo em termos de uma possível singularidade. Heidegger, em sua obra O conceito de tempo, aludindo a Agostinho recoloca a questão do tempo a partir do Dasein, identificando-os. Contudo, é na ntenção primeira de Ser e tempo, isto é, intentando-se uma compreensão para Temporalität, o sentido do ser, conceito este não concretizado neste tratado, é que se torna possível problematizar a singularidade do tempo. Para tanto, apresenta- se uma compreensão de Sallis da Temporalität como outro tempo. Em contraposição, pode-se pensá-la de modo imanente à temporalidade do Dasein na sua ocorrência do tempo da ocupação, isto é, do tempo presente ontologicamente compreendido. O tempo de ocupação é pensado por Heidegger como abertura ao mundo que tem seu sentido na autocompreensão enquanto cura. É na compreensão do modo do abrir-se da abertura ontológica que se pensa um tempo enquanto tal.