Jose Santos

Contemporary societies are regulated by a complex system, which tends to be exhaustive, supported by growing social and technical interdependence. This system is composed of subsystems: global economic production, liberal political institutions and a social organization based on labour. As a whole, these three dimensions – political, economical, social – tend to compress contemporary life forms into a single way of life, primarily structured by systemic functionality. Although it admits variations of degree (or even, to some extent, qualitative differences), the functional codes (of systems) guide actions daily and impose severe limitations on lifestyles, which are particularly noticeable when the struggle for survival, both economically and socially, mobilizes all of one’s time and energy. The means obliterate the ends, functioning obliterates meaning, survival obliterates the proper human “life”. At the political level, liberal thought masks the “malaise of modern civilization” resulting from these limitations by evacuating the question on forms of life to the private sphere, concurrently with the insistence on an abstract political ethic of the “just”, ultimately determining the form and functioning of the institutions, which overrides any and all ethics of “good”.

The aim of this work is to analyse the influence of sociocultural factors on corruption levels. Taking as starting point Husted (J Int Bus Studies 30:339–359, 1999) and Graeff (In: Lambsdorff J, Taube M, Schramm M (eds) The new institutional economics of corruption. Routledge, London, 2005) proposals, we consider both the interrelation between cultural dimensions and the diverse expressions of social capital with corruption. According to our results, the universalistic trust (linking and bridging social capital) constitutes a positive social capital that is negatively linked to corruption. In contrast, the particularistic levels of trust (bonding) can constitute a negative social capital directly related to corruption levels. Furthermore, cultures which are favourable to the legitimation of dependency relations and the formation of closed particularistic groups (power-distance and community factors) create a breeding ground for the development of these amoral rent-seeking structures.

O objetivo deste texto é evidenciar o papel desempenhado pela noção de “aporia” no Parménides de Platão. Depois de ter descrito alguns dos usos da noção nos diálogos platónicos, o texto concentra-se no Parménides, analisando: 1. O debate de Sócrates com Zenão; 2. O conjunto de objeções apresentadas por Parménides ao uso por Sócrates das noções de “separação” e “participação”, focadas em particular no “Argumento do Terceiro Homem”; 3. Algumas conclusões paradoxais resultantes das oito “Hipóteses sobre o Um”, na segunda parte do diálogo. Com o objetivo de sustentar a unidade da Obra, argumentando a favor do uso dos “resultados atingidos na II parte do diálogo para resolver os problemas levantados na I”, defendemos que o exercício de Parménides sobre o Um e os Outros propõe uma reformulação da dialética, denunciando a deficiência da prática atribuída a Zenão, de reduzir ao absurdo as consequências da hipótese “Se há muitos”. Em vez disso, o Eleata examina as consequências de “Se há Um”, mediante a relacionação do Um consigo próprio e com cada um dos Outros; depois dos Outros consigo próprios e com quaisquer outros, primeiro afirmando, depois negando, a hipótese.

En el presente estudio se busca superar la sensación que existe entre los autores de que la “cotidianidad” es un concepto vago, problemático, polisémico y que, por lo mismo, es inasible o incluso imperceptible. Esta tarea se vuelve aún más apremiante actualmente, al constatar la importancia central que ha ido tomando la categoría de cotidianidad en los estudios contemporáneos. Es así como hemos abordado este trabajo a partir de diferentes problemas: primero, desde la pregunta por la universalidad del concepto; segundo, desde su carácter narrativo, desde su heterogeneidad y necesaria homogeneidad ; en tercer lugar, desde las posibles motivaciones; en cuarto lugar, desde su interrupción o quiebre; luego, desde su diferencia y cercanía con el concepto de “rutina” y, finalmente, desde sus consecuencias: desencantamiento y aburrimiento. This study aims to overcome some authors’ feeling that “everyday life” is a vague, problematic and polysemous concept which, for those reasons, is unreachable and even imperceptible. This task is more relevant at present, considering the central importance that “everyday life” category has gained in contemporary studies. We have approached this task starting from the analysis of different problems: first, the question of the universality of this concept; second, its narrative nature, its heterogeneity and necessary homogeneity ; third, the possible motivations; fourth, its interruption or break down; then, its difference and proximity to the concept of “routine” and; finally, its consequences: dis-enchantment and boredom

Patina is the word used for the green or brown film formed on the surface of old bronze, an excess of which can mask the true characteristics of the original masterpiece. Filippo Baldinucci used the word patina in a modern sense for first time in his book “Tuscan Vocabulary of the Art of Design”. Metaphors have been part of philosophical speech since the time of Plato. This figure of speech is used to attempt to provide a sensitive presence of an idea to improve understanding and to make a more vivid perception of that concept. On analysing the creative process of contemporary re-search on health topics and its further dissemination, we defend the epistemological thesis that there is always some degree of patina on an original article and this may obscure the underlying scientific work. Conclusion: We consider that patina in scientific papers is very different from the concept of epidemiological bias. We think that any researcher who reads an original article acts as a restorer of knowledge. If a reader is aware of the existence of scientific patina, that reader will know how to look through it and see the masterpiece hidden underneath.

Resumo Lida sem atenção, a avaliação do Poema de Parmênides por Nietzsche corre o risco de frustrar, mais do que estimular, os leitores não-iniciados em Filosofia. Pois, nela o filósofo não só ignora a pesquisa sua contemporânea sobre o Eleata, como insere o seu pensamento numa polêmica antiracionalista, recheada de equívocos e intuições infundadas. É nosso objetivo aqui tentar restituir credibilidade a esta avaliação, apontando as linhas que orientam o diálogo do crítico com o seu objeto tanto para o senso-comum, como para o seu próprio pensamento.Carelessly read, Nietzsche’s evaluation of Parmenides frustrates rather than stimulates non-initiate readers in Philosophy. For the German philosopher ignores any current research on the Eleatic thinker, inserting his arguments in an anti-rationalist polemic, mostly based on unfounded intuitions. We aim at establishing the credibility of Nietzsche’s criticism on the grounds of common sense and of his own heraclitean influenced philosophy.

Los modelos de escritura están experimentando grandes transformaciones como consecuencia de la revolución tecnológica contemporánea. Aunque los cibertextos y los hipertextos no son realidades exclusivas de la cultura digital, pues se dan en contextos culturales precedentes, aportan formas de pensamiento alternativas, que pasan por implicaciones epistemológicas –el pensamiento en red–, estéticas –reformulación de la autoría– y éticas –exigen un compromiso por parte del receptor. En este trabajo se abordará dicha coyuntura comparando las escrituras literarias Hypertext Hotel (1992) y Leyenda mayor de Ian Curtis (2017) con las escrituras audiovisuales +101 (2012) y Quién lo impide (2018) con el objetivo de comprender las transformaciones que suponen tanto en la experiencia estética como en el campo cultural digital. Para ello, se empleará una metodología comparatista que tenga en cuenta las concomitancias entre las dos series de escrituras.

El presente escrito parte propone que el modo en que se constituyen los centros de detención y/o tortura de la dictadura militar chilena es el de la reconfiguración. Por "reconfiguración" se entenderá el proceso por el cual a un inmueble se le altera, por una parte, su finalidad y sentido, y por otra, se interviene su infraestructura. Es así como estadios, universidades, liceos y colegios, hospitales, etc., pasaron a ser parte del enorme contingente de 1.168 centros de detención y/o tortura que operaron durante la dictadura. A la luz de los testimonios de los prisioneros que fueron encerrados en dichos lugares, se intenta establecer la forma en que se les involucró en dichos procesos de reconfiguración y la manera en que esto los afectó, dando lugar a otra forma de suplicio.

Existem intertextualidades surpreendentes entre as tradições vétero e neotestamentárias. Os autores do Novo Testamento, pois, fizeram questão de ou citar literalmente algo das Sagradas Escrituras de Israel ou, de forma mais livre, fazer alusões a tais tradições. Nesse sentido, a personagem de Moisés e pormenores ligados à sua trajetória e/ou biografia, presentes nas narrativas de Êxodo a Deuteronômio, ganha maior destaque na segunda parte da Bíblia cristã. Justamente isso vale também para um discurso que, segundo a narrativa em Ex 3,1–4,17, o Senhor, Deus de Israel, dirigiu a Moisés, visando à necessidade de o líder profético precisar convencer outros através de suas palavras: «Eu, pois, estarei com tua boca e te instruirei sobre o que deverás falar». Conforme os Evangelhos segundo Marcos, Mateus, Lucas e João, Jesus acolheu tal tradição e esperança religiosa ao instruir seus discípulos. A investigação dos pormenores da intertextualidade aqui indicada constitui a tarefa da pesquisa apresentada neste artigo.

The author proposes an interpretation of the theory and practise of paradeigma, developed in conjunction with the method of diairesis in the Sophist, Politicus and Philebus. The conclusions reached are then balanced against the evidence of Plato's views on knowledge and language in the Cratylus, and compared to the logos of Heraclitus, in order to explain the conception designated as the "metaphorical structure of reality". It is then suggested that the degradation and reevaluation of this structure in Modern and Contemporary thought was due to the attention paid, or not paid, to Aristotle's consideration of metaphor as a purely linguistic fact.